segunda-feira, 30 de julho de 2007

Machu Picchu






















19/07
   A viagem foi realizada com os meus amigos Silvana e o Helder (Leão). Pegamos o ônibus para Campo Grande. Na madrugada sentimos um baita frio por causa do ar condicionado que não desligava.



20/07
    Após 15 horas de estrada chegamos e resolvemos ligar para o Marco, nosso amigo Boliviano, o qual fomos gentilmente recepcionado. Ficamos hospedado no apartamento do irmão dele. Fizeram um almoço e um jantar delicioso. Aproveitamos para conhecer a Federal de C.Grande que estava repleta de capivaras.


   Depois assistimos 2 filmes, Seven e a última ameaça. A Silvana conseguiu dormir em ambos os filmes.
   Saímos para Corumbá às 23:30h por recomendação de Marco.

21/07
     Chegamos às 5:30h da manhã, a primeira coisa que veio em mente foi procurar uma padaria. Encontramos uma aberta a 6 quarteirões. Após o nosso café-da-manhã, fomos em busca de um Posto para o Leão tomar vacina  contra febre amarela. Mas tivemos um problema, pois o documento da vacina só teria validade após 10 dias da data de vacinação. Então, como bons brasileiros fizemos uma pequena alteração. . .
   Pegamos um taxi para a estação ferroviária Quijarro. Decidimos almoçar. Infelizmente não tínhamos muitas opções, tivemos que escolher entre: carne de cabeça, ou bucho, ou pele de porco, ou língua de vaca. Eu e o Leão escolhemos a língua de vaca, a Silvana preferiu não comer.


   O trem partiu às 15:30h, pegamos o vagão pulman, considerado o melhor. Nas paradas saíamos para comer empanados. Era mais legal viajar na porta que ia aberta.  Um fato cotidiano na Bolívia aconteceu justo com o meu vagão. Eram umas 6:30h da manhã quando parecia que eu estava no brinquedo vicking do Playcenter num vai e vem, e de repente fortes trepidações faziam as mochilas despencarem do bagageiro. Meu vagão acabava de se descarrilhar. Então a locomotiva logo se desconectou e foi em busca de ajuda. O atraso durou 1 hora. Através de umas ripas de madeira conseguiram colocar o vagão de volta nos trilhos, mas numa das tentativas quase tombou, causando risos nos passageiros.




   À noite nas paradas é preciso ficar muito atento. Tive minha pochete aberta e tentaram roubar algo do meu bolso.
    Mas o melhor veio quando fomos na frente com o maquinista. A sensação de liberdade com muito vento, muito Sol e muito ar puro terminou quando a jaqueta do Leão caiu pelos trilhos. Ele esqueceu de amarrá-la na cintura após tirar a máquina fotográfica do bolso. Isto só foi percebido horas depois.
 
   Depois ficamos em busca de um Consulado Brasileiro para registrar a perda.

22/07
   Foram 26 horas até Santa Cruz de La Sierra. Acabei saindo pela janela, já que tudo estava tão lotado. Fomos até a Rodoviária e pegamos ônibus para Cochabamba. Mas devíamos ter esperado um outro, pois estávamos "verdes" de fome. Contei os minutos até chegar a Parada, mas uma decepção. Para urinar era uma poça de xixi a céu aberto e para lavar as mãos tinha uma água quase marrom de dentro de um latão.
 

   Comi 4 sandwiches enquanto Leão pechinchava umas laranjas. Depois entrei no ônibus e só acordei em Cochabamba.
23/07
   Chegamos às 5h. Nosso café da manhã foi na barraquinha de pastel de uma Cholla, que nos serviu uma pastel de queijo acompanhado da bebida apí, este não sei bem o que era, mas tinha uma viscosidade e aparentava ser bastante energético. Depois optamos por subir ao Cristo para ver o Sol nascer. Pelo caminho conhecemos a Faculdade de Odontologia, o qual tinha mais brasileiros que bolivianos.
 
    Fomos à casa de um amigo de Marco, chamado Javier. Ele foi extremamente atencioso conosco e mesmo resfriado nos levou para apresentar os lugares mais turísticos da Cidade.
   As lojas tem um preço muito baixo por causa da isenção de impostos. Era o paraíso dos aparelhos eletrônicos. A Silvana não resistiu e comprou uma câmera fotográfica. Estava disposto a substituir meu tênis que estava aberto dos 2 lados, até que um rapaz com uma máquina de costura na calçada se dispôs a recuperar o meu tênis. Disse a ele que não precisava, pois achava o serviço impossível. Mas com a insistência dele acabei deixando. Não acreditei quando vi aquela máquina costurando tudo, desde a sola até o couro. Em menos de 30 minutos ele arrumou os dois e ainda reforçou-os. Nunca vi nada igual!
   Encontramos com o Leão, que tinha ido ao Consulado. Tivemos uma má notícia, ele terá que voltar ou achar a carteira com todos os documentos. Na minha opinião a segunda hipótese estava descartada. . . mas ele resolveu ir atrás da carteira. Disse que depois nos alcançaria.
   Mais tarde, depois que voltei de viagem fiquei sabendo que ele encontrou-o há 175 km de Santa Cruz de La Sierra com todos os documentos menos o dinheiro, é claro! Passou a noite dormindo numa das estações ferroviárias e depois conseguiu chegar até Machu Picchu.
   24/07


   Chegamos em La Paz às 5h da manhã. Sentei num banco para atualizar meu diário de bordo. Estava muito frio, a Silvana aproveitou para colocar uma segunda calça enquanto eu cuidava das bagagens. Mas um boliviano veio para tirar a minha atenção e sem que eu percebesse um outro pegou a câmera da Silvana que estava sobre as mochilas. Só pude perceber depois que a Silvana voltou, lamentável . . . Corri para a saída em vão, cheguei até revistar algumas pessoas. Infelizmente aconteceu e comigo não acontecerá mais. . .
   Prosseguimos para o Centro de La Paz e encontramos algumas Chollas vendendo fetos de ilhamas dececados e amuletos. Os fetos servem para espantar os maus espíritos geralmente usado antes de construir uma casa.

   Pegamos ônibus para Copacabana, Cidade fronteira com Peru. As paisagens são muito bonitas, apreciávamos a estrada beirando o lago titicaca cercada pela Cordilheira dos Andes.
   Ao chegar foi difícil encontrar um restaurante aberto, pois já eram 16h. Tivemos direito a ver o Carnaval Boliviano. Homens e mulheres nos seus trajes típicos dançavam em  passos combinados, muito engraçado.
   Depois atravessamos a fronteira com o Peru em Kasani e paramos em Yunguyo. O meio de transporte mais comum é o taxi-bike. Hoje ainda emendamos até Puno.
 

25/07
    Saímos às 9:45h para as Ilhas Flutuantes do Lago Titicaca. No lado peruano o Lago há muitos capins e as milhares de sementes que caem flutuam parecendo um enorme tapete.  Enfim chegamos, o chão da Ilha é algo inacreditável, achei que estava em cima de um colchão d'água. O piso é uma espécie de xaxim flutuante forrado com capim seco. Há aproximadamente 30 famílias morando, eles tiram todo o proveito do capim, se alimentam dele,  fazem suas casas e até os meios de transportes (barcos). O único problema é que precisam renovar o capim a cada 6 meses, pois ele se decompõe. Obviamente é proibido utilizar fogo, para se comer carne antes é preciso secar ao sol. A energia elétrica também ainda não chegou.

    Os guias turísticos forçam os visitantes a doar alimentos para a pequena população da Ilha. No entanto, o passeio é encantador, é diferente de tudo que possa imaginar, é uma das imperdíveis atrações do Peru.
    Voltei para Puno e fui comer algo. No almoço sempre é comum servir sopa como entrada, mas
 durou para perceber que os pontinhos pretos  não eram temperos e sim centenas de percevejos...
    Hoje comemora-se o dia da Pátria e há vários desfiles pelas ruas. Depois aproveitamos para nos abastecer de comida para a nossa esperada Trilha Inca de 3 dias até Machu Picchu.
    Embarcamos para Cuzco. A viagem de apenas 400 km durou 13 horas, as estradas esburacadas fazia o ônibus um touro mecânico, sem contar que lotaram todo o bagageiro de porcos  abatidos, muito sangue escorria das pequenas frestas e enormes sacos de pipocas foram amarrados sobre o capo. De longe parecia uma formiguinha carregando um elefante. O ônibus estava tão lotado que mal podia cruzar as pernas, havia até cachorro viajando conosco.


    26/07
    Finalmente em Cuzco, conseguimos pegar o trem às 13h que nos levaria ao início da Trilha Inca. Conhecemos 2 gaúchos que passaram a nos fazer companhia. Um fato interessante é que para o trem subir a montanha ele faz um zigue-zague andando para frente e para trás mudando de trilhos até o topo para então seguir em linha reta.

    Para curtir melhor as paisagens viajamos na porta do vagão. O problema é quando os peruanos jogam lixo pela janela e acertam a porta. Descemos no km 88, que foi o início da nossa caminhada. A noite já estava chegando e logo tivemos que montar nosso primeiro acampamento, perto de uma pequena ruína. Na entrada da trilha tive sorte em pagar menos da metade da taxa por causa da carteira de estudante.


    Durante o jantar tivemos a companhia de um escorpião que passeava sobre o meu isolante. Acabei dormindo cedo, pois precisava descansar para o dia seguinte.
    27/07
    Fui o primeiro a acordar, minha empolgação era muito grande. O pessoal reclamou que era cedo demais, mas acabaram tomando o café da manhã. Até arrumarmos tudo partimos às 8h. A caminhada estava bem tranquila, o rio nos acompanhou por toda manhã, um  belo cenário. A verdadeira inspiração de caminhar eram as montanhas, uma linda vista cinematográfica. Mais tarde veio as subidas intermináveis. Fiz uma parada para comer alguns lanches e descansar. Às 17h chegamos ao segundo acampamento. Já havia muitas barracas. Minha fome estava desesperadora. Fizemos uma excelente mistura de legumes e depois logo apaguei dentro da barraca.
    28/07
    Encontramos uma ruína que mais parecia um mirante. Descansamos e tomamos muita água. Depois a caminhada era uma deliciosa decida. Chegamos a um grande castelo de pedras. Muito legal, vários compartimentos. Aproveitamos para preparar o almoço.  Pelo caminho havia muitas ruínas, umas mais bonitas que as outras. Ao fundo as montanhas cheias de neve. Na trilha havia desde crianças até idosos.
 
    Às 15h já estava no último acampamento, há 2 horas de Machu Picchu.
    29/07
    Acordei às 4h da manhã e já tinha um pessoal desmontando as suas barracas. Durante o caminho ainda haviam 2 pequenas ruínas, onde parei para descansar. Em poucas horas de caminhada  já podia apreciar Machu Picchu de longe. O Sol que na época era considerada um Deus, parecia nascer iluminando apenas a antiga Cidade Inca, um fato aluscinante.
  

Finalmente em Machu Picchu. A civilização parecia ter uma organização específica. Havia um local para comemorar o Deus Sol, outro para sacrifícios de animais, o presídio foi construído no subsolo.
    Subi a pequena montanha ao lado, chamado de Wayna Picchu, o qual se tem uma vista panorâmica da ex-civilização Inca. Mais abaixo fico o Templo de la Luna, onde as casas foram construídas sob grutas.
    Voltamos para Cuzco, foram 5 horas de trem. A Cidade como se pode imaginar é muito turística, há inúmeras danceterias, lojas e restaurantes. A animação dos visitantes é muito grande.
    30/07
    Fomos para Puno através de trem. A viagem é fantástica, embora demorada. Vai beirando a cordilheira dos Andes e as criações de alpacas.
 
    De modo geral tanto o Peru quanto a Bolívia apresentam lugares imperdíveis, mas é preciso se adaptar à nova cultura, aos novos hábitos, aos novos costumes e a conviver com o dia-dia deles. Pelo subdesenvolvimento desses Países, infelizmente o Turista acaba sendo alvo de furtos e assaltos, portanto sempre de "olho vivo". Mas isto são apenas detalhes que não impediram que  eu conheça todas as belezas naturais e aproveite o máximo dos meus dias. Essa "roubada" valeu a pena!!
    

segunda-feira, 9 de abril de 2007

 Ilha das Peças

 
Caminho para Guaraqueçaba

Caminho para Guaraqueçaba
 Saindo de Cananéia para Ilha do Cardoso
 Chegando de barco à Ilha do Cardoso
 dia bastante chuvoso, bateu uma insegurança para fazer a travessia

 recepção das gaivotas na chegada da Ilha do Cardoso
 Após uma noite de sono na minha rede barraca, um belo nascer do Sol para animar ainda mais a minha travessia
 Praia do Pererinha (Núcleo do Perequê)
 Praia do Pererinha
 Praia do Itacuruça ao fundo


 Praia de Ipanema
 Longo percurso de costão de pedras até a Praia de Cambriú
 Praia de Cambriú - cuidado para não pegar a maré cheia para atravessar o rio, procure embalar os equipos em sacos estanques
 Praia de Cambriú
 Praia de Fole Pequeno
 Praia de Fole Grande
 Praia Fole Grande
 Praia Fole Grande
 Praia de Lajes
 Jantar e pernoite na Praia de Lajes

Cardápio: arroz integral, macarrão integral, ervilhas, amêndoas, sementes de girasssol, soja, lentilhas, carne seca

sobremesa: frutas secas
 Praia de Morretinho
 Praia de Marujá - 17 km
 Rio que separa a Ilha do Cardoso da Ilha do Superagui
 Vila de pescadores em Barra do Ararapira após atravessar o rio para a Ilha do Superagui
 Aguardando a travessia para a Ilha das Peças no trapiche da Barra do Superagui, após caminhar 27 km de praia
 Barra do Superagui
 Ilha das Peças

 Ilha das Peças
 Ilha das Peças
 Vista para a Ilha do Mel na Ilha das Peças