terça-feira, 12 de setembro de 2017

Parque Nacional de Huascarán - Peru



Estive no Peru no período de 27/08 até 08/09 para conhecer o Parque Nacional de Huascaran.
No parque foram 10 dias -  sem guias e carregadores.
O último ônibus de Lima para Huaraz parte as 23:30h, servem lanche e é ótimo para passar as 8 horas de viagem dormindo. A estrada é boa, bem asfaltada. Optei por me aventurar em conhecer tudo por conta própria sem auxilio de Agência e guia. Foi bem tranquilo, não tem como se perder nas trilhas.
É preciso saber as altitudes antes de entrar nas trilhas, pois o acesso da maioria dos lugares é bem alto e se não estiver aclimatado sentirá muito cansaço e terá muita dificuldade na caminhada. Então é preciso começar conhecendo os lugares mais baixos para que o corpo vá se acostumando aos poucos com a alta altitude.
Planejei meu roteiro iniciando pela Laguna Churup. Há uma van que chega até o povoado de Pitek. Dalí se inicia a trilha de acesso. Foram 2,5h de subida pela trilha. Se estiver no pique continue o percurso após a lagoa que encontrará uma outra laguna menor, mas muito bonita com apenas mais 1 hora de caminhada. Só é preciso gerenciar a volta porque o último coletivo sai às 15h. adote isso como regra em todos os lugares.




Dia 2 – acordei cedo e peguei um taxi até a entrada da laguna Llaca, pois o ponto final do coletivo é bastante distante. A caminhada é muito bonita, percorrendo um pequeno riacho no vale entre as montanhas. No final da trilha encontrará várias pequenas lagoas rodeado pelas montanhas nevadas. No final da tarde peguei uma van para a Cidade de Yungay e depois peguei um coletivo até o início da trilha da Laguna 69 onde pernoitei com a barraca
 

Dia 3 – acordei cedo e fui em direção ao refúgio Peru, onde é o campo base para os alpinistas escalarem o Pisco. O visual é surpreendente, principalmente a travessia do refúgio até a Laguna 69 que é feita pela parte alta. A caminhada é bem longa, como sempre em todos os lugares tem muitas subidas. Na volta, apesar de ter chego antes das 15h na rodovia, o último coletivo passou antes. Estava decidido a pernoitar mais uma noite até que o motorista da Agência Mony Tours resolveu me dar uma carona até Yungay.
 

Dia 4 – iniciei a travessia de Vaqueria a Santa Cruz. Minha mochila me incomodou bastante nesse primeiro dia da travessia. Iniciei por volta das 11h e cheguei no acampamento as 16h. A vantagem de começar por Vaqueria é que fica mais alto do que Santa Cruz. 
 

Dia 5 – foi um dos dias mais bonitos, pois cheguei em Punta Union, onde é a parte mais alta da travessia e o visual é espetacular, se avista várias lagunas e as montanhas nevadas. No final da tarde fui até o refúgio dos escaladores do Alpamayo
 

Dia 6 – o tempo mudou, choveu a noite inteira. Resolvi passar mais um dia para aguardar o tempo melhorar, pois iria ser um grande desperdício percorrer tanta beleza num dia nublado e chuvoso. O clima nas montanhas muda muito rápido. A temporada ideal para conhecer o Parque Nacional de Huascarán é de Junho a Agosto, onde é quase certeza de pegar tempo bom, é o período mais seco da região. Neste dia ficou a maior parte do tempo nublado e garoando. Fui até a laguna na base do Alpamayo. O percurso dura 3 horas, ida e volta, num passo rápido. Vale a pena a visita, apesar de ter que sair do caminho principal, pois é um dos lagos muito bonito.
 

Dia 7 – levantei o acampamento cedo, mas antes fui conferir novamente a laguna do Alpamayo já que amanheceu ensolarado. Cheguei no próximo acampamento às 14:30h


Dia 8 – consegui chegar cedo na portaria da saída para Cashapampa, depois de umas 4 horas de caminhada. O bom que foi só descida. A sorte é que tinha um taxista que estava saindo de casa para trabalhar. Nessa parte as conduções são muito limitadas devido ao número bastante reduzido.


Dia 9 – fui conhecer a Laguna Parón. Acabei indo e voltando de taxi, pois não há condução até a entrada do Parque. No final da tarde voltei a Huaraz.


 

Dia 10 – fui conhecer as ruínas Wilcahuwain, laguna Wilcacocha e a laguna Aguak. O dia foi bastante puxado, tive que andar rápido nas subidas e depois descer correndo antes que a chuva me alcançasse.
 

Pretendo voltar lá para fazer outras travessias e também escalar algumas das montanhas. O lugar é magnífico, vale a pena conhecer e se aventurar!


Importante:
- as últimas vans partem às 15h, portanto tem q se apressar nas trilhas;
- nos acampamentos altos deixe as pilhas e baterias dentro do saco de dormir para não descarregarem;
- no processo de aclimatação inicie as trilhas de menor altitude primeiro;
- para entrar no Peru basta um Rg dentro do prazo de 10 anos de confecção. Nao precisa da vacinação da febre amarela
- o que me ajudou muito foi ter baixado as trilhas que eu queria fazer do wikiloc para o meu aplicativo GPS Viewer do celular. Pois me deixava seguro de que estava no caminho certo durante a minha estadia nas montanhas.

Custo total no Peru, incluindo 4 hospedagens, taxi, alimentação, etc: U$270
Passagem de ida e volta de SP para Lima pela Latam: R$ 1.300

Abaixo o link no youtube das filmagens dessa viagem:

A parte final abaixo: